Pela primeira vez senti que um ano não passou tão rápido quanto deveria. E com certeza isso se deve a todas as mudanças que aconteceram de uma vez na minha vida. Não compartilhei nada com vocês, mas quero muito poder fazer isso agora.
Primeiro, comecei a trabalhar.
Uhuuuul, primeiro emprego!
Na verdade, primeiros dois (?) empregos.
No início de janeiro soube que passei em uma seletiva aqui na minha cidade, para fazer curso de Aprendizagem Industrial, na área de Manutenção Mecânica.
O curso é só meio período e remunerado, e terminou no final dezembro. Semana que vem, depois de todo o treinamento, começamos o estágio dentro da Aperam, empresa que oferece as vagas.
Antes nunca tinha me imaginado ingressando na área, embora a usina forneça a renda de uma grande parcela da população do Vale do Aço, mas agora, depois de me dedicar por um ano inteirinho, sei que a escolha não foi por acaso. A área de mecânica é mágica. Entender de um equipamento, saber seu funcionamento e os meios certos de mantê-lo conservado é algo muito grandioso.
A área de manutenção está em todos os lugares. Nos elevadores, presentes em vários ambientes que frequentamos, até o aço que vemos por todos os lugares. As panelas que você usa todos os dias para preparar sua refeição vem de empresas como a que eu trabalho, e depende de mecânicos para mantê-la funcionando.
É totalmente válido ressaltar, se você nunca visitou uma indústria, que todo cuidado é pouco. A preocupação com a segurança é de suma importância.
Mas as novidades não param por aí.
Me inscrevi, pelo Senai, escola que sede os professores para o curso, no DSPI (Desafio Senai de Projetos Integradores), na demanda de automação inclusiva, onde nosso desafio era criar uma solução de baixo custo que ajudasse pessoas com deficiência, promovendo a inclusão.
Foi o primeiro projeto desse porte que desenvolvi, juntamente com mais três amigos que fiz graças ao curso. Nossa proposta era criar um dispositivo totalmente mecânico que se adaptasse ao eixo de diferentes cadeiras de rodas, possibilitando que o cadeirante, sozinho, conseguisse subir desníveis. A funcionalidade totalmente mecânica diminuiria o custo e manutenção do equipamento.
Se tiverem interesse em conhecer melhor o projeto (e votem nele, caso gostem) é só clicar no link abaixo:
AutoRampa
Vídeo Pitch
E a novidade que fiquei sabendo esses dias: A AUTORAMPA PASSOU PRA DISPUTA NACIONAL!
Passamos por uma longa seletiva e agora, entre tantos outros projetos incríveis, passamos para a nacional! É uma realização muito grande.
Agora, chegando no finalzinho do ano, também visitei creches carentes, levando brinquedos doados. É um projeto social que a empresa em que trabalho organiza, recolhendo presentes para distribuir próximo ao Natal. Era uma das coisas que tinha muita vontade de fazer e se vocês tiverem a oportunidade, participem. É gratificante ver o rostinho das crianças ao nos receber, o sorriso delas e cada abraço não tem preço.
E, olha só, fui a Mamãe Noel. De ultima hora o Papai Noel sumiu e eu, sem vergonha do jeito que sou, fui na cara e na coragem substituí-lo. Teria sido uma ótima Papai Noel disfarçada se a barba tivesse servido em mim.
Graças a Deus no segundo dia o bom velhinho apareceu, porque a calça era grande demais e eu pisava nela a cada passo.
Mas enfim, ainda tem meu outro emprego, né?
Não podia deixar de ter aquele emprego clichê de final de ensino médio recém concluído, totalmente a cara dos livros da Meg Cabot. De sexta à segunda, trabalho com meus primos em uma hamburgueria que abriram nos fundos da casa da minha tia. São hambúrgueres artesanais, feitos com todo capricho.
É um emprego bem bacana, com direito a dois chefes completamente diferentes na personalidade e que sempre me arrancam muitas gargalhadas. O mais velho, super centrado, faculdade recentemente concluída, trabalha praticamente o dia inteiro porque também tem outro emprego, e o mais novo, meio maluquinho, do tipo “bora tomar uma depois do expediente?” “bora”. As UMA DA MANHÃ!
Sabe meu primo certinho, recém formado e tudo mais? Ele casou! Nesse sábado passado, depois de DEZESSEIS ANOS DE NAMORO!
Não galera, vocês não leram errado.
E os dois são o casal mais fofo da vida toda.
E o casamento foi incrível de todas as maneiras possíveis, pra fechar 2018 com chave de ouro.
Não tenho absolutamente nada o que reclamar de 2018. Talvez só o fato de ter estagnado minhas leituras e deixado minha vida pessoal meio de lado por conta do tempo corrido, porém, em 2019, espero que tudo mude. Muito provavelmente a hora de escolher entre um dos meus dois empregos está chegando e, bem, vamos ver no que dá.
Esse foi um ano de muitas descobertas para mim. Terminei o ensino médio e iniciei minha carreira profissional. E é muito mais difícil do que te falam. Muitos ficam perdidos, pois com a situação que o nosso país está enfrentando, arrumar um emprego não está fácil. Vi vários de meus amigos ficarem perdidos, sem saber o que fazer, porque ninguém te prepara para a vida adulta. Quando você conclui a escola não recebe junto com o certificado um pacote que inclui vaga na universidade e um emprego para se manter.
Nããão! As responsabilidades dobram e é preciso lutar para manter a cabeça no lugar.
Por isso, se você que está lendo isso está passando pela mesma situação, não se desespere ou desanime se não passar naquela faculdade que tanto sonhou ou não conseguir o emprego que seus pais queriam. Se dê um tempo e lembre que é muito forte, porque superou todos os seus piores dias e passou por mais um ano de pé.
No mais, um feliz Ano Novo a todos e que 2019 supere todas as nossas expectativas!